Ambiente degradado pelo lixo, inclusive sacolas plásticas: uma realidade que poderá mudar para melhor com nova lei proposta por Vanessa
O uso de
sacolas plásticas por supermercados e outros setores do comércio de Belém
poderá ser proibido e substituído por outras produzidas com material
biodegradável. Isso se os vereadores de Belém aprovarem, na próxima semana,
projeto de autoria da vereadora Vanessa Vasconcelos (PMDB) com essa proposição.
O projeto da
vereadora já está na pauta de votação da Câmara Municipal, como item 199,
"mas posso pedir inversão da pauta para que ele possa ser votado já na
próxima terça-feira", informou Vanessa.
Com
pareceres favoráveis em todas as comissões técnicas permanentes da Casa por
onde tramitou, o projeto poderia ter sido votado já nesta semana, mas sua
autora foi procurada por dirigentes da Associação Paraense de Supermercados
(Aspas) para discutir e apresentar sugestões.
"Os
diligentes supermercadistas apresentaram algumas sugestões pertinentes, que
estão sob análise de minha assessoria, e devo me reunir com eles para debater e
pactuar propostas que sejam consensuais, de interesse comum com
sociedade", afirmou Vanessa.
No
entendimento da vereadora, as mudanças que serão introduzidas pela nova lei
deverão ser assimiladas e absorvidas por toda a sociedade e não apenas pelo
setor empresarial. "A responsabilidade pelas mudanças de hábitos nocivos
ao meio ambiente e ao próprio homem, com a adoção de práticas ecologicamente
positivas, deve ser de todos", argumentou Vanessa.
O projeto da vereadora propõe a substituição das unidades
plásticas por sacolas ecológicas, biodegradáveis. “Mas estou estudando a
proposta de sacolas de plástico oxibiodegradável, que contém um aditivo químico
que acelera a decomposição em contato com a terra, a luz ou a água”, anunciou
Vanessa. O prazo de degradação desse material é até 100 vezes menor - ou seja,
uma sacola leva apenas três anos para desaparecer.
As sacolas de plástico comum demoram cerca de 300 anos
para desaparecer no meio ambiente. No mundo inteiro, 500 bilhões de unidades são
produzidas a cada ano, o equivalente a 1,4 bilhão por dia ou a 1 milhão por
minuto. No Brasil, a cada mês, os supermercados distribuem 1 bilhão de sacolas,
o que corresponde a 66 sacolas por brasileiro/mês.
No total, são 210 mil toneladas de plástico
filme, subproduto do petróleo, a matéria-prima das sacolas, ou 10% de todo o lixo
do país. Não há dúvida: é muito lixo.
Algumas alternativas estão sendo adotadas. Uma delas,
muito popular na Europa e nos Estados Unidos, é o uso de sacolas de pano ou
sacos e caixas de papel. Outra solução é a cobrança de uma taxa por sacola,
como acontece na Irlanda desde 2002. O dinheiro é revertido em projetos ambientais.
O governo do Paraná saiu na frente e já distribui
gratuitamente as sacolas oxibiodegradáveis à população. As cidades de Belo
Horizonte e São Paulo tomaram a mesma decisão. Se a Câmara Municipal aprovar o
projeto de Vanessa, na próxima semana, e o prefeito sancioná-lo, Belém será a
quarta capital a estar na vanguarda ambiental de proteção ao meio ambiente -
pelo menos na proibição de uso de sacolas plásticas agressivas a meio ambiente.
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